terça-feira, 25 de agosto de 2015

NOTICIAS

CANDELARIA SC 


NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

Exmo(a). Senhor(a) Diretor(a),

Na sequência de notícias divulgadas nos últimos dias sobre o Candelária Sport Clube, venho, 
na qualidade de presidente cessante da direção e no respeito que merecem todos os quantos 
têm servido, de forma abnegada aquela instituição, esclarecer alguns aspetos abordados 
nas referidas notícias, pedindo que a presente nota seja integralmente divulgada 
no Vosso órgão de comunicação.
É natural que, em qualquer instituição, um dirigente, incluindo o presidente da direção, findo o 
seu mandato, possa não estar disponível para continuar nos corpos sociais ou, pelo menos, 
nas funções até então desempenhadas. Aliás, tal já sucedeu várias vezes no passado do CSC, 
como, por exemplo, há quatro anos quando vários sócios me pediram para assumir o cargo, 
na sequência de uma situação que, na altura, também foi noticiada como de “vazio diretivo”, 
e novamente há dois anos.

Quando tomámos posse, no começo da época de 2011/2012, a dívida do CSC (excluindo o empréstimo 
para a construção do pavilhão) era de 168.171,65€
Quando nos recandidatámos, em 2013/2014, a dívida era de 165.318,69€. 
E, agora, no final do nosso mandato, a dívida é inferior a 160.000,00€. 
E esta diminuição da dívida (menos 5%) aconteceu num período em que as receitas do CSC 
originadas em apoios de entidades públicas foram reduzidas em cerca de 40%.

Relativamente ao empréstimo para a construção do pavilhão desportivo: em agosto de 2011 
a respetiva dívida era de 554.685,32€, dois anos depois era de 406.769,32€, e atualmente 
é de 258.853,32€. Importa, ainda, referir que o pavilhão é na sua totalidade, propriedade do CSC 
e está avaliado em 1,53 milhões de euros.

Mas sendo a dívida menor, como se explicam os atrasos atuais aos colaboradores? Por um lado, 
porque, em 2011, cerca de metade da referida dívida estava assumida por uma conta-corrente 
bancária que foi sendo progressivamente reduzida até ser extinta em finais de 2013. 
Por outro lado, porque a Câmara Municipal da Madalena retém apoios contratados com o CSC 
relativos à época 2014/2015 que são suficientes para liquidar a totalidade das dívidas aos 
colaboradores referentes à mesma época desportiva.

Apesar de, há muito, ter tomado a decisão de não me recandidatar, a direção cessante 
ainda estabeleceu alguns contatos com vista à formação da equipa para a próxima 
época, mas (nas circunstâncias referidas no parte final do parágrafo anterior) não podíamos, 
em consciência, assumir quaisquer compromissos para o futuro.

Neste momento, o principal problema do CSC não é financeiro, mas sim social. 
Social em sentido amplo: tanto dos sócios, que têm que definir, claramente, o que pretendem 
que seja o futuro do clube, bem como das instituições locais, incluindo algumas que no 
passado foram determinantes para os sucessos alcançados mas que nos últimos tempos 
têm sido os seus maiores objetores.

Esta é a primeira e última vez que me refiro a questões internas do CSC fora dos seus órgãos sociais.

Candelária, 16 de agosto de 2015

Brenda Jorge  , Presidente